O mundo digital, apesar de suas inúmeras vantagens e avanços, também trouxe consigo uma crescente ameaça à cibersegurança das empresas: os ataques de ransomware. No ano de 2023, essa ameaça atingiu proporções alarmantes, com um número assustador de 1800 empresas caindo vítimas desse tipo de ataque cibernético.
Neste artigo, exploraremos os riscos dos ataques de ransomware, o panorama atual dessa epidemia virtual e discutiremos medidas essenciais para proteger empresas contra tais ameaças.
Desvendando os ataques de ransomware
Os ataques de ransomware não apenas comprometem sistemas e dados, mas também infligem danos financeiros massivos, com prejuízos já estimados em bilhões de dólares. A gravidade dessa ameaça se intensifica à medida que cibercriminosos lucram exorbitantemente enquanto empresas e organizações governamentais enfrentam consequências substanciais.
No geral, além do vazamento de dados, as vítimas de ransomware enfrentam interrupções operacionais graves, perda de dados sensíveis e confidenciais, danos à reputação e, muitas vezes, um impacto financeiro de longo prazo. Além disso, existe o risco de que dados roubados possam ser vendidos ou expostos publicamente, levando a implicações legais e regulatórias.
O impacto de um ataque de ransomware é vasto, atingindo todos os setores, o que inclui até mesmo empresas de pequeno porte e pessoas comuns. Isso porque, por meio de ataques de phishing, malvertising ou clickjacking, os criminosos induzem os usuários a clicar em links suspeitos ou fazer o download de anexos maliciosos em e-mails.
O Modus Operandi de um ataque de ransomware
A infecção por ransomware geralmente segue um padrão: criminosos criptografam arquivos valiosos de indivíduos ou empresas, excluem os originais e ameaçam deletar a única cópia restante – que também está criptografada – a menos que um resgate seja pago.
Em muitos casos, o ataque de ransomware coloca, inclusive, todo o sistema operacional da vítima em risco, bloqueando o acesso a arquivos e recursos essenciais. Assim, uma vez atacado, a vítima se depara com uma solicitação de resgate, com opções limitadas para reverter a situação.
A contraofensiva e suas limitações
As principais agências de segurança desaconselham o pagamento do resgate, visto que isso incentiva ainda mais os cibercriminosos. Além disso, mesmo o pagamento não garante a recuperação dos arquivos, tornando as vítimas alvos recorrentes.
Além disso, com o tempo, os cibercriminosos se tornaram mais engenhosos, exigindo pagamentos difíceis de rastrear para manter o anonimato. Criptomoedas como Bitcoin, Ethereum, Litecoin e Ripple são agora os métodos preferidos de pagamento, e casos de ataques de ransomwares móveis, como o Fusob. exigem cartões-presente do iTunes como pagamento.
A epidemia dos ataques de ransomware em 2023
O ransomware atingiu níveis epidêmicos em 2023. Segundo um levantamento feito pela ISH Tecnologia, cerca de 1800 empresas, de diferentes setores e tamanhos, foram alvo desses ataques nos primeiros seis meses do ano. E, segundo a pesquisa, existe a possibilidade de o número ser ainda maior.
Os dados representam um aumento significativo em comparação aos anos anteriores e reflete a crescente sofisticação e audácia dos criminosos virtuais. Por exemplo, somente no mês de junho, aproximadamente 180 companhias foram afetadas, levando a prejuízos que já alcançam a casa dos bilhões.
O levantamento aponta ainda que a maioria dos ataques se origina do modelo RaaS – Ransomware as a Service, no qual o “pacote” para realização do ransomware é vendido clandestinamente, sendo então comprado por grupos que podem realizar ataques sem necessariamente possuírem todo o conhecimento técnico.
Neste sentido, o relatório alerta para um preocupante aumento no surgimento desses grupos que: somente entre abril e junho, foram 12 novos detectados. São eles:
- Rorschach: Caracterizado por ter um comportamento de criptografia mais rápido do que outras cepas já conhecidas de ransomwares. Sua análise revelou que não possui indicações de atribuições a outras variantes, bem como não havia marcas ou métodos específicos já conhecidos.
- Cactus: Segundo pesquisadores, foi verificado que o Cactus realizava a exploração de vulnerabilidades em produtos de VPN da Fortinet. Estima-se que seu surgimento tenha sido por volta do segundo bimestre de 2023.
- Akira: Contabiliza mais de 16 empresas atingidas, e opera de modo muito semelhante a outros grupos.
- Rancoz: Possui um código fonte similar ao Ransomware Vice Society. Criptografa e exfiltra arquivos para pagamentos de resgates.
- CrypNet: Operação teve início em abril de 2023, sendo ofertado em fóruns clandestinos como RaaS. possui similaridades em suas funções com o código-fonte dos ransomwares Chaos e Yashma.
- Darkrace: A análise de sua nota de resgate indica um reaproveitamento de elementos do ransomware LockBit 3.0, que teve seu compilador vazado em setembro de 2020.
- MalasLocker: Este grupo tem como característica principal o redirecionamento do valor de resgate dos arquivos para doação de caridades sem fins lucrativos. Os operadores do grupo devem “aprovar” a instituição escolhida, com os dados sendo devolvidos após isso.
- 8base: Até o momento da elaboração do alerta, não há amostras disponíveis em fontes abertas para análise. Trata-se de um grupo cuja operação já teria afetado empresas brasileiras, com operação idêntica a outros grupos de ransomware.
- BlackSuit: Código fonte reutilizado da variante Linux do Ransomware Royal. Assim como os demais, realiza criptografia e exfiltração de dados.
- Rhysida: Tem como principal distinção o envio de uma nota de resgate no formato de PDF, semelhante ao antigo ransomware conhecido como Dark Power.
- NoEscape: Realiza seu ataque despejando malwares em sites infectados, que então são baixados por usuários.
- RA Group: Possui similaridades com o ransomware Babuk, e opera por meio da criptografia e exfiltração de dados.
Fatores contribuintes para o aumento do ransomware em 2023
Vários fatores contribuíram para o aumento exponencial de ataques de ransomware em 2023. A crescente conectividade e digitalização de processos empresariais abriram novas portas para invasões cibernéticas.
Além disso, a evolução das táticas dos hackers, incluindo o uso de inteligência artificial e métodos de engenharia social mais refinados, tornou esses ataques ainda mais difíceis de serem detectados e evitados.
Medidas de proteção essenciais para evitar ataques
Diante desse cenário alarmante, é imperativo que as empresas adotem medidas proativas de proteção cibernética. Algumas das práticas recomendadas incluem:
- Fortalecimento da Segurança de TI: Investir em sistemas de segurança robustos, como firewalls avançados, antivírus atualizados e soluções de detecção de intrusões.
- Conscientização dos Funcionários: Treinar os funcionários para identificar e evitar ataques de phishing e outras táticas de engenharia social.
- Backup Regular de Dados: Manter cópias de backup de dados críticos em sistemas isolados da rede principal, garantindo a recuperação em caso de ataque.
- Atualizações de Software: Manter todos os sistemas e softwares atualizados com as últimas correções de segurança.
- Plano de Resposta a Incidentes: Investir em uma política Zero Trust e ter um plano claro e eficaz para lidar com ataques cibernéticos, minimizando o tempo de inatividade e limitando os danos.
Conclusão
A ameaça do ransomware é uma realidade complexa e devastadora que afeta tanto grandes empresas quanto indivíduos comuns. Sendo assim, é fundamental adotar medidas rigorosas de segurança cibernética e consciência digital para mitigar esses ataques prejudiciais.
Enfrentar essa ameaça exige uma abordagem unificada, colaborativa e inovadora para garantir a segurança de dados e sistemas vitais. Por isso, se você deseja assegurar a segurança, conformidade e integridade dos seus dados, e ainda proteger sua empresa contra ataques de ransomware, entre em contato conosco e invista em soluções abrangentes de segurança cibernética.
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