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Estabelecer os pilares centrais da jornada de segurança cibernética se tornou uma prioridade incontestável em um mundo cada vez mais digitalizado. No entanto, um relatório da Trend Micro alerta para uma intensificação significativa nos ataques cibernéticos direcionados a empresas em 2023, registrando cerca de 46 bilhões de ataques apenas no primeiro semestre do ano.

De acordo com o relatório, a América Latina está se tornando um alvo cada vez mais proeminente para ataques cibernéticos, e espera-se um aumento no número de ameaças para 2024.

Atualmente, o Brasil lidera o ranking de ataques cibernéticos na América Latina no primeiro semestre de 2023, com quase o dobro de ataques registrados acima do segundo colocado, o México. Esse cenário coloca em evidência a necessidade urgente de tornar as infraestruturas de segurança cibernética mais robustas, visando proteger tanto os usuários quanto as empresas no país.

A evolução dos ataques e especialização dos criminosos

Uma pesquisa da Fortinet fornece dados que destacam a crescente especialização dos criminosos cibernéticos. O Brasil registrou mais de 36% de todos os incidentes de cibersegurança na América Latina e Caribe no primeiro semestre de 2023, com México e a Venezuela ocupando o segundo e terceiro lugar, com 14 bilhões e 10 bilhões de ataques, respectivamente.

Segundo a pesquisa, a especialização dos criminosos é apontada como um fator-chave para esse aumento, com ferramentas de exploração, malwares e ataques de ransomware sendo adaptados para cada território. Paralelamente, a escassez de profissionais e soluções de segurança cibernética é destacada como um elemento crítico, aumentando as chances de sucesso dos ataques.

Desvendando o mundo da segurança da informação

Diante desse cenário, é imperativo compreender os conceitos, ferramentas e processos por trás da Segurança da Informação. Esta área é vasta, requerendo conhecimento detalhado e constante aprendizado devido à sua natureza dinâmica.

No geral, a segurança da informação tem como base três pilares fundamentais: confidencialidade, integridade e disponibilidade – e cada um desses pilares desempenha um papel crucial na proteção das informações:

  • Confidencialidade: Garante o sigilo dos dados, assegurando que apenas aqueles com permissão de acesso possam visualizá-los.
  • Integridade: Certifica que os dados permaneçam íntegros, inalterados e corretos.
  • Disponibilidade: Garante que os dados estejam acessíveis a qualquer momento e local necessários.

Os 4 passos essenciais para sua jornada de segurança da informação

A jornada de segurança da informação é complexa, mas pode ser simplificada em quatro passos essenciais:

1.Onde estão os dados

Identificar e proteger dados em diferentes bases, como nuvem, e-mails, servidores, dispositivos móveis, sistemas web e até mesmo em documentos impressos.

2.Governança de Dados

Estabelecer políticas e processos contínuos para garantir que a segurança da informação seja parte integrante dos processos de negócio.

3.Ataques Cibernéticos

Compreender os tipos de ataques cibernéticos, incluindo ransomware, phishing, cavalo de Troia, entre outros.

4.Perímetro de Segurança

Reforçar o perímetro de segurança, especialmente com o aumento do trabalho remoto, considerando firewalls e estratégias para proteger dados fora do ambiente tradicional.

A importância de investir em equipes e indicadores de segurança da informação

Dentro da jornada de segurança da informação, a implementação de um Centro de Operações de Segurança (SOC) é essencial para monitorar, detectar e responder a incidentes de segurança. A equipe do SOC, composta por analistas e engenheiros de segurança, desempenha um papel vital na identificação e mitigação de ameaças.

Avaliar o retorno sobre o investimento (ROI) em segurança da informação pode ser desafiador, mas o conceito de RONI (Risk of Non-Investment) pode ser mais eficaz para destacar os riscos de não investir nessa área crítica.

O conceito de RONI, ou “Risk of Non-Investment”, traduzido para o português como “Risco de Não Investir”, é uma métrica que destaca os riscos associados à decisão de não investir em determinada área ou atividade, especificamente aplicada ao contexto de segurança da informação.

Ao contrário do tradicional Return on Investment (ROI), que mede os ganhos financeiros diretos provenientes de um investimento, o RONI se concentra nas potenciais perdas e danos que uma organização pode enfrentar caso opte por não alocar recursos para a segurança da informação. Em outras palavras, o RONI visa ilustrar os prejuízos que podem ocorrer devido à negligência ou subinvestimento em medidas de segurança cibernética.

No campo da segurança da informação, os riscos associados a não investir de forma adequada podem incluir:

  • Exposição a ameaças cibernéticas: A falta de investimento em medidas de segurança pode deixar uma organização vulnerável a ataques cibernéticos, como malware, ransomware, phishing e outros.
  • Perda de dados sensíveis: A ausência de controles de segurança adequados pode resultar na exposição e perda de dados sensíveis, o que pode ter sérias implicações legais, financeiras e de reputação.
  • Interrupção de serviços: Ataques bem-sucedidos podem levar à interrupção de serviços, afetando a operacionalidade normal da organização e causando prejuízos significativos.
  • Não conformidade com regulamentações: Em muitas jurisdições, existem regulamentações rigorosas relacionadas à proteção de dados. A falta de investimento em conformidade pode resultar em penalidades financeiras substanciais.
  • Danos à reputação: A percepção pública de uma organização pode ser gravemente prejudicada se ela for vítima de incidentes de segurança. A confiança dos clientes e parceiros pode ser abalada.

A métrica RONI é uma ferramenta valiosa para os líderes empresariais e profissionais de segurança da informação, pois ajuda a comunicar a importância estratégica do investimento em segurança. Ao destacar os riscos associados à não realização de investimentos nessa área crítica, as organizações podem tomar decisões mais informadas sobre alocar recursos para proteger seus ativos digitais e, por consequência, preservar a integridade e a continuidade de seus negócios.

Desenvolvendo um plano sólido de segurança da informação

A construção de um plano que compreenda a jornada de segurança da informação é essencial para garantir uma abordagem contínua e eficaz.

O ponto de partida para a construção de uma infraestrutura de segurança robusta reside em uma avaliação abrangente de riscos. Este processo envolve a identificação minuciosa de vulnerabilidades específicas e uma compreensão aprofundada das ameaças cibernéticas potenciais, etapas cruciais que fornecem a base necessária para o desenvolvimento de estratégias de segurança eficazes.

Com base nos insights obtidos por meio da avaliação de riscos, torna-se imperativo o desenvolvimento de políticas de segurança claras e abrangentes. Essas políticas devem abranger diversos aspectos, desde o gerenciamento do acesso a dados até a implementação de medidas preventivas contra ciberataques. A construção de diretrizes sólidas nessa fase é fundamental para estabelecer um ambiente seguro, e isso inclui:

  • Política de Segurança da Informação (PSI): Estabelecer regras e padrões para a proteção da informação.
  • LGPD: Garantir conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais, identificando e classificando dados pessoais.

Contudo, a eficácia de uma infraestrutura de segurança não se resume apenas a políticas; é essencial incorporar tecnologias e processos avançados. Essas tecnologias desempenham um papel crucial no fortalecimento das defesas, enquanto os processos garantem a manutenção da segurança contínua, tornando a empresa capaz de enfrentar os desafios em constante evolução do cenário de ameaças cibernéticas. Isso inclui:

  • Implementação de soluções modernas: Investimentos em sistemas de firewall e até mesmo o uso de inteligência artificial.
  • Recuperação de desastres e continuidade de negócios: Integrar soluções de recuperação de desastres com planos de continuidade de negócios.
  • Análise de vulnerabilidade e pentest: Realizar análises regulares para identificar e corrigir vulnerabilidades.

Vale ressaltar também que uma infraestrutura segura vai além do domínio tecnológico, abrangendo também o fator humano. Assim, é muito importante investir no treinamento regular e na conscientização da equipe. Este aspecto é fundamental para mitigar ameaças tanto internas quanto externas, capacitando os colaboradores a reconhecer e responder proativamente a potenciais riscos de segurança.

Conclusão

Em um mundo digital cada vez mais perigoso, investir em segurança da informação não é uma opção, mas uma necessidade. Assim, a jornada de segurança deve ser abordada de maneira abrangente, considerando não apenas as tecnologias, mas também os processos e a conscientização dos colaboradores.

Ao decifrar os desafios da segurança cibernética e seguir os passos essenciais, as empresas podem construir uma infraestrutura robusta e garantir a proteção de seus ativos mais valiosos: as informações.

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