Estamos caminhando para o final de 2023 e não podemos negar: este foi um ano desafiador quando o assunto é segurança cibernética. Fatores como a transformação digital e a pandemia aceleraram novos modos de trabalho e expandiram as preocupações com relação a cibersegurança e ataques, porém, segundo o relatório Tendências de Segurança Cibernética 2023: As últimas ameaças e as melhores práticas de mitigação de riscos, o número de casos de ransomware e extorsão também aumentou significativamente ao longo do ano.
De acordo com o documento, compilado pela Allianz Commercial, hackers estão encontrando novas formas de extorquir dinheiro de grandes e pequenas empresas por meio de ataques cibernéticos em massa, resultando em um aumento de 50% no número de ataques de ransomware durante o primeiro semestre de 2023.
O relatório mostrou ainda que os criminosos estão conduzindo ataques com maior celeridade, reduzindo o número médio de dias para execução de aproximadamente 60 dias em 2019 para apenas quatro em 2023. Além disso, os denominados kits de ransomware – exemplificados pelo serviço (RaaS) e disponíveis a partir de meros US 40 -, permanecem como um elemento fundamental na recorrência, e aumento, dos ataques.
Os dados do relatório nos mostram a importância de priorizar a segurança digital, deixando claro que as empresas não podem se dar ao luxo de ser reativas quando o assunto são os ciberataques. Com isso, descobrir e proteger proativamente sua superfície de ataque em expansão, para mitigar áreas vulneráveis em sua organização e em sua cadeia de suprimentos, nunca foi tão crítico e necessário.
Entendendo a superfície de ataque
A superfície de ataque, no contexto da segurança cibernética, é uma dimensão crucial a ser explorada por profissionais de TI em sua busca pela proteção efetiva de sistemas e dados.
Ela se refere ao conjunto de todos os pontos de entrada e exposição de um sistema ou rede aos potenciais ataques cibernéticos. E estes pontos podem incluir, mas não estão limitados a, servidores, dispositivos de rede, aplicativos, interfaces de usuário, protocolos de comunicação, e até mesmo pontos de contato com fornecedores externos.
Neste sentido, é vital compreender os diferentes tipos de superfície de ataque, que variam desde a superfície de ataque de rede até a superfície de ataque de aplicativos. Isso porque, enquanto a primeira abrange vulnerabilidades em protocolos de comunicação e dispositivos de rede, a segunda concentra-se em brechas em aplicativos específicos que podem ser exploradas por cibercriminosos.
A identificação e mapeamento eficazes da superfície de ataque são fundamentais, e isso envolve a utilização de ferramentas especializadas para descobrir ativos, avaliar vulnerabilidades e entender como esses elementos interagem. Além disso, a análise contínua é necessária, considerando que a superfície de ataque está em constante evolução devido a atualizações, novas implementações e mudanças na infraestrutura.
Com a crescente interconectividade entre dispositivos e sistemas, a superfície de ataque se expande e atores maliciosos avançam em várias frentes, o que preocupa os executivos de segurança cibernética. Segundo uma pesquisa global da Sapio Research, realizada em 2022, 73% desses profissionais expressam preocupação em relação ao aumento exponencial da superfície de ataque. Dentre eles, 37% descrevem a superfície como “confusa e em constante evolução”, enquanto 43% acreditam que ela está “fora de controle”.
Esses resultados destacam a inquietação generalizada nas organizações globais, demonstrando a crescente apreensão em relação aos ataques cibernéticos e aos desafios associados ao gerenciamento de riscos. Além disso, a evolução de tecnologias como a Internet das Coisas (IoT) e a integração de serviços em nuvem também ampliam significativamente as possibilidades de entrada para ameaças cibernéticas, tornando fundamental considerar novas formas de projetar estratégias de segurança para lidar com ataques em potencial.
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5 Estratégias avançadas para otimizar a gestão da superfície de ataque
A gestão eficaz da superfície de ataque nada mais é do que a identificação do conjunto de pontos pelos quais um sistema é vulnerável a ameaças e o desenvolvimento de estratégias capazes de minimizar os riscos de exposição a ataques cibernéticos.
Essa abordagem estratégica envolve a implementação de medidas proativas para fortalecer as defesas digitais, o que exige uma compreensão abrangente da infraestrutura digital, incluindo servidores, dispositivos de rede, aplicativos e interfaces, visando a minimização dos potenciais alvos para ameaças cibernéticas.
Considerando uma abordagem holística que se estende além da identificação inicial, incorporando estratégias dinâmicas para enfrentar a evolução constante do cenário de ameaças cibernéticas, essa estratégia demanda a avaliação contínua das vulnerabilidades, a aplicação de políticas de controle de acesso e a implementação de práticas de least privilege para mitigar efetivamente os riscos.
Além disso, boas práticas para minimizar a superfície de ataque e reforçar suas estratégias de gestão de segurança são:
1. Avaliação contínua de vulnerabilidades
A primeira linha de defesa contra ameaças cibernéticas é a identificação proativa de vulnerabilidades. Realizar avaliações regulares da sua infraestrutura digital é crucial para entender os pontos fracos que poderiam ser explorados por invasores. Ferramentas automatizadas podem auxiliar nesse processo, mas é igualmente importante envolver especialistas em segurança para análises mais aprofundadas.
Ao identificar e corrigir vulnerabilidades em tempo real, você reduz significativamente a janela de oportunidade para possíveis ataques. A avaliação contínua não é uma tarefa pontual, mas sim um processo em constante evolução para manter a segurança alinhada com as mudanças nas ameaças digitais.
2. Segmentação de rede e acesso restrito
A segmentação de rede é uma estratégia eficaz para limitar o impacto de possíveis ataques. Ao dividir a rede em segmentos isolados, você impede que um atacante comprometa toda a infraestrutura com facilidade. Cada segmento deve ter níveis apropriados de acesso, garantindo que os usuários só possam interagir com sistemas essenciais para suas funções.
Além disso, é crucial restringir o acesso privilegiado. Conceder privilégios apenas quando necessários reduz as oportunidades de exploração por invasores internos ou externos. Implementar políticas de least privilege é uma abordagem essencial para minimizar os riscos associados a contas com privilégios elevados.
3. Monitoramento ativo e resposta rápida
A prevenção é essencial, mas é igualmente vital estar preparado para responder a incidentes. O monitoramento ativo da sua superfície de ataque permite a detecção precoce de atividades suspeitas. Ferramentas de análise de comportamento e sistemas de detecção de intrusões desempenham um papel crucial nesse aspecto.
Ao identificar atividades anômalas, uma resposta rápida é crucial. Implementar planos de resposta a incidentes e realizar simulações regularmente garantem que sua equipe esteja pronta para agir de forma eficiente. Quanto mais rápido um incidente for contido, menores serão os danos potenciais.
4. Criptografia adequada e gerenciamento de chaves
A criptografia é uma camada fundamental de segurança que protege dados sensíveis contra acesso não autorizado. No entanto, é essencial implementar a criptografia de forma adequada e gerenciar cuidadosamente as chaves. Utilizar algoritmos de criptografia robustos e manter as chaves seguras são aspectos cruciais para garantir a eficácia desse mecanismo de proteção.
Além disso, é importante ter um plano de gestão de chaves que inclua rotação regular e procedimentos claros para lidar com chaves comprometidas. Uma abordagem proativa para o gerenciamento de chaves é vital para manter a integridade da criptografia ao longo do tempo.
5. Educação e conscientização dos usuários
Por último, mas não menos importante, está a educação e conscientização dos usuários. Muitos incidentes de segurança ocorrem devido a ações inadvertidas ou negligência por parte dos usuários. Treinamentos regulares sobre práticas seguras de computação, identificação de ameaças e procedimentos adequados podem reduzir significativamente o risco de falhas de segurança causadas por erro humano.
Incentivar uma cultura de segurança cibernética, onde os usuários compreendam a importância de suas ações para a proteção geral, é fundamental. Isso inclui práticas como senhas fortes, autenticação de dois fatores e relatórios imediatos de comportamentos suspeitos.
Conclusão
Em um cenário de ameaças em constante evolução, as empresas precisam compreender a importância de adotar uma abordagem proativa, utilizando métricas objetivas para impulsionar estratégias de segurança.
Ao compreender e implementar adequadamente a gestão da superfície de ataques, as empresas não apenas protegem seus dados, mas também garantem a continuidade dos seus negócios de forma mais responsável.
Na vanguarda dessas transformações, a inov.TI é especializada em soluções de cibersegurança e recursos capazes de aprimorar o desempenho da sua gestão de segurança. Por isso, se a sua empresa deseja garantir uma defesa robusta diante das ameaças cibernéticas em constante evolução, entre em contato conosco e saiba como podemos ajudar.
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