A cibersegurança se tornou uma prioridade incontestável diante do cenário digital cada vez mais complexo e ameaçador. Empresas de todos os tamanhos enfrentam desafios constantes para proteger seus ativos digitais contra ataques cibernéticos, porém, muitas organizações ainda hesitam em investir de maneira adequada em cibersegurança, ignorando os potenciais riscos.
Recentemente, um relatório da IBM mostrou que, só em 2023, os ataques hackers custaram em média R$ 6,2 milhões ao Brasil, e embora esse valor tenha diminuído um pouco em comparação com 2022, a situação ainda é preocupante.
Aqui, o maior problema é que muitas empresas só começam a investir em cibersegurança após registrar uma violação de dados, como apontou um estudo da Tanium. Segundo o relatório, 79% delas revelou que só passou a investir em segurança digital e reforçar suas barreiras de proteção contra ataques cibernéticos após sofrer as consequências de uma violação.
A hesitação em priorizar a segurança digital não só coloca a existência das empresas em risco, mas também pode resultar em grandes prejuízos financeiros. Hoje é fundamental que as empresas incluam em seus planejamentos de TI o investimento em medidas de segurança que diminuam sua superfície de ataque e as prepare para enfrentar violações de segurança com resiliência – e é neste ponto que o RONI (Retorno sobre o Investimento em Segurança da Informação) se torna vital.
Neste artigo, exploraremos a importância de considerar o RONI ao estruturar os investimentos de cibersegurança de uma empresa.
Compreendendo o RONI: Explorando além dos números tradicionais
O RONI, Retorno sobre o Investimento em Segurança da Informação, surgiu da necessidade de avaliar os impactos abrangentes das medidas de cibersegurança nas organizações. Ao contrário dos indicadores financeiros tradicionais, o RONI foi desenvolvido para quantificar o valor que as estratégias de segurança da informação agregam não apenas às finanças, mas também à reputação e à confiança.
Confira alguns dos elementos considerados pelo RONI:
Proteção de dados sensíveis
O RONI vai além da mera análise de custos e benefícios financeiros ao considerar a proteção de dados sensíveis. Isso inclui avaliar como as medidas de segurança mitigam o risco de exposição de informações confidenciais, garantindo a conformidade com regulamentações e evitando possíveis sanções.
Por exemplo, uma empresa que implementa criptografia de ponta a ponta em suas comunicações online não apenas protege os dados do cliente, mas também atende aos requisitos de privacidade estabelecidos por legislações como a LGPD e a GDPR.
Reputação da empresa
A reputação é um ativo intangível, mas de valor inestimável. O RONI incorpora a avaliação de como as medidas de segurança influenciam a percepção externa da empresa. A manutenção de uma reputação sólida torna-se um componente essencial do retorno sobre o investimento em segurança da informação.
Neste sentido, uma empresa que comunica eficazmente suas práticas de cibersegurança ao público demonstra transparência e responsabilidade, fortalecendo a confiança do cliente.
Confiança do cliente
A confiança é um pilar fundamental nos negócios. O RONI inclui a análise de como as iniciativas de segurança da informação impactam a confiança do cliente. Clientes confiantes são mais propensos a permanecer leais à marca, gerando benefícios a longo prazo.
Uma organização que investe em programas educacionais para conscientização sobre segurança cibernética não apenas protege seus clientes, mas também constrói uma base leal, consciente e segura.
Benefícios de uma visão holística
Ao considerar o RONI, as organizações adotam uma visão holística que transcende a análise financeira convencional. A incorporação desses elementos na equação do retorno sobre investimento proporciona uma compreensão mais completa do valor gerado pela cibersegurança.
A importância de considerar o RONI para construção deum plano de investimentos estratégico
Um planejamento de cibersegurança transcende meramente a alocação de recursos; é um instrumento para a avaliação precisa dos riscos inerentes ao setor. Com uma estrutura bem elaborada, a empresa pode identificar e priorizar áreas críticas, garantindo que investimentos sejam direcionados para mitigar as ameaças mais relevantes e alinhadas com as operações específicas do negócio.
Implementação de medidas proativas: Antecipando-se às ameaças emergentes
Investir em tecnologias avançadas e promover treinamento contínuo para a equipe são pilares essenciais de um orçamento estratégico em cibersegurança. A implementação de medidas proativas não se limita a reagir a ameaças conhecidas, mas a antecipar-se a ameaças emergentes. Isso cria uma defesa robusta, preparada para enfrentar os desafios dinâmicos do cenário cibernético.
Conformidade regulatória: Alinhamento com as evoluções legislativas
Com regulamentações de proteção de dados em constante evolução, um orçamento robusto de cibersegurança é a âncora que mantém a empresa em conformidade. Além de evitar penalidades legais, o orçamento estratégico assegura que as políticas de segurança estejam alinhadas com as últimas mudanças legislativas, preservando a integridade da empresa diante do escrutínio regulatório.
Monitoramento contínuo: Adaptando-se em tempo real
O RONI abraça o conceito de monitoramento contínuo da eficácia das medidas de segurança. Um orçamento bem planejado permite investir em ferramentas de monitoramento e análise, possibilitando à empresa detectar e responder rapidamente a ameaças. Esse processo não é estático; é uma resposta dinâmica que se adapta em tempo real às nuances do ambiente cibernético, garantindo uma postura proativa contra ameaças persistentes.
Conclusão
Não investir adequadamente em cibersegurança representa um risco substancial para qualquer organização. Por isso, o RONI é um indicador valioso que vai além dos números financeiros tradicionais, proporcionando uma visão abrangente dos benefícios e impactos das medidas de segurança.
Ao estruturar um orçamento de cibersegurança considerando o RONI, as empresas podem não apenas proteger seus ativos digitais, mas também fortalecer a confiança dos clientes, preservar sua reputação e garantir a continuidade operacional em um ambiente digital cada vez mais hostil.
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