No dinâmico cenário da cibersegurança, a identificação e antecipação das tendências de ciberataques tornaram-se fundamentais para a proteção eficaz dos ativos digitais. Em 2023, esse desafio foi particularmente acentuado no Brasil, que figurou como o país mais visado em ataques cibernéticos na América Latina, registrando alarmantes 23 bilhões de incidentes cibernéticos durante o primeiro semestre do ano.
Os dados são do relatório Cenário Global de Ameaças, produzido pelo FortiGuard Labs, e demonstra como a rápida evolução das ameaças cibernéticas impôs desafios significativos às organizações em todo o mundo. Com o aumento da sofisticação dos cibercriminosos, combinado com o uso de técnicas cada vez mais avançadas, a variedade de ataques, desde os tradicionais como phishing e malware até as ameaças emergentes como ataques a dispositivos IoT, demandou uma adaptação constante das estratégias de segurança.
Em meio a esse panorama, as organizações enfrentaram pressões crescentes para fortalecer suas posturas de cibersegurança e buscar soluções inovadoras para proteger seus dados e sistemas contra intrusões maliciosas, principalmente contra as seis formas de ciberataques mais frequentes de 2023.
De acordo com um estudo da ISH Tecnologia, entre os ataques mais frequentes estão o phishing, o malware, o ransomware, o ataque de negação de serviço (DDoS), a injeção de SQL e a engenharia social – e cada um deles pode ter um impacto devastador na privacidade e segurança dos seus dados.
Neste artigo, abordaremos detalhadamente as seis modalidades de ciberataques identificadas em 2023, destacando insights cruciais sobre suas características e potenciais impactos. Além disso, apresentaremos estratégias sólidas para a preparação proativa visando 2024, delineando medidas preventivas e defensivas que organizações podem adotar para fortalecer sua postura de segurança digital.
6 ciberataques mais frequentes em 2023
1 – Ataques Malware
Os ataques Malware são uma forma comum de ataque cibernético que inclui a distribuição de vírus, worms, trojans e ransomwares, que podem infectar dispositivos e sistemas para roubar informações, danificar dados ou até mesmo exigir algum tipo de resgate financeiro.
Um exemplo é o malware do tipo worm conhecido como ILOVEYOU, que infectou milhões de máquinas Microsoft Windows após o seu lançamento. Os delinquentes cibernéticos usam o Malware como um desafio intelectual e com motivos delictivos, como extorsão. A dark web é um lugar comum para a compra e venda de Malware.
2 – Ataques de Phishing
Os ataques de phishing são mensagens fraudulentas enviadas por cibercriminosos para enganar os destinatários e obter informações pessoais, credenciais, números de cartões de crédito e outras informações relevantes. Esses ataques geralmente são realizados por e-mail, mas também podem ser feitos por outros meios, como mensagens de texto ou redes sociais.
Nestes ataques, os criminosos podem usar técnicas de engenharia social para convencer as vítimas a clicar em links maliciosos ou baixar arquivos infectados, por isso, é importante estar atento a eles e tomar medidas para se proteger, como não abrir e-mails suspeitos e verificar a autenticidade dos remetentes.
3 – Ataques de Negação de Serviço (DDoS)
Nos ataques DDoS, o cibercriminoso direciona diversos dispositivos infectados a realizar requisições a determinados sistemas, sobrecarregando-os com tráfego excessivo e tornando-os incapazes de atender às solicitações legítimas dos usuários, resultando na interrupção do serviço.
A botnet Mirai é um exemplo de uma das maiores botnets já criadas por atores maliciosos, os quais infectaram sistemas executados em processadores ARC, transformando-os em uma rede de bots ou zumbis. Esse tipo de ataque pode ter consequências graves para a infraestrutura crítica, instituições, estados-nações, agências governamentais e segurança nacional.
4 – Ataques de Injeção
Os ataques de injeção são uma técnica usada pelos cibercriminosos para explorar vulnerabilidades de um sistema ou aplicativo e executar ações não autorizadas. Eles consistem em inserir códigos maliciosos em sistemas, aplicativos ou banco de dados para obter acesso não autorizado.
Por exemplo, um ataque de injeção de SQL ocorre quando um invasor injeta código SQL malicioso nas entradas do usuário, que é executado pelo banco de dados do aplicativo. Através deste ataque, o invasor pode obter acesso não autorizado ao banco de dados SQL.
5 – Ataque Man-in-the-Middle (MitM)
Nesse tipo de ataque, o cibercriminoso se posiciona entre as vítimas e intercepta ou modifica a comunicação, podendo ler, alterar ou até mesmo injetar novos dados no fluxo de informações. Existem diversas formas de realizar um ataque MitM, como por exemplo o redirecionamento de tráfego, que ocorre por meio de técnicas como ARP spoofing ou DNS spoofing, interceptação e rede WiFi não segura.
Um cibercriminoso pode facilmente se infiltrar entre o dispositivo da vítima e o ponto de acesso, interceptando toda a comunicação. Além disso, em conexões seguras (HTTPS), um atacante pode falsificar certificados digitais para fingir ser um servidor legítimo, permitindo a interceptação de dados criptográficos.
6 – Ataques de senha
Os ataques de senha são um tipo comum de ataque cibernético que visam obter acesso não autorizado a contas online e sistemas. Os cibercriminosos geralmente exploram vulnerabilidades nas práticas de segurança ou utilizam técnicas específicas para obter as credenciais de autenticação, como nomes de usuários e senhas.
Alguns dos ataques de senha mais frequentes incluem ataque de força bruta, ataque de dicionário e roubo de dados. Esses ataques podem ter como alvo tanto contas pessoais quanto redes corporativas, e podem resultar em roubo de dinheiro, informações confidenciais e criptomoedas.
Estratégias abrangentes para fortalecimento da segurança digital rumo a 2024
À medida que nos aproximamos de 2024, a complexidade e a sofisticação dessas ameaças cibernéticas demandam que as organizações adotem estratégias de segurança digital meticulosas e proativas. Para estabelecer uma defesa cibernética efetiva, é crucial que as empresas considerem uma gama abrangente de medidas preventivas e defensivas.
1. Implementação de soluções avançadas
Investir em tecnologias de segurança avançadas é um primeiro passo crucial. Firewalls atualizados, backups automáticos e antivírus eficazes atuam como barreiras essenciais contra ameaças conhecidas.
A integração de sistemas de detecção e resposta a incidentes (EDR) e a análise comportamental fornecem uma camada adicional de proteção, identificando padrões suspeitos e atividades maliciosas.
2. Educação contínua dos colaboradores
A primeira linha de defesa muitas vezes reside nos colaboradores. Portanto, programas contínuos de conscientização sobre segurança cibernética são imperativos.
Treinamentos específicos sobre identificação de phishing, reconhecimento de engenharia social e boas práticas de segurança online são essenciais para fortalecer a resiliência contra ataques direcionados.
3. Auditorias regulares de segurança
A realização de auditorias periódicas de segurança é fundamental para identificar potenciais vulnerabilidades e lacunas nos sistemas. Essa prática permite que as organizações antecipem possíveis pontos de entrada para cibercriminosos, possibilitando a aplicação de correções e melhorias antes que explorem essas brechas.
4. Manutenção rigorosa de software
A aplicação diligente de patches e atualizações de software é uma estratégia defensiva efetiva. Vulnerabilidades conhecidas em sistemas não corrigidos podem ser exploradas por cibercriminosos. Portanto, um processo de gerenciamento de patches robusto é essencial para garantir a segurança contínua dos sistemas.
5. Estratégia abrangente de resposta a incidentes
Desenvolver e testar uma estratégia de resposta a incidentes é vital. Isso inclui a criação de planos claros, atribuição de responsabilidades, simulações regulares e avaliações pós-incidentes. Uma resposta rápida e eficaz pode minimizar o impacto de um ataque e reduzir o tempo de inatividade.
Conclusão
Adotar uma abordagem holística, combinando tecnologias avançadas, educação contínua, auditorias regulares e colaboração estratégica, é essencial para construir uma postura de segurança digital robusta e adaptável diante das crescentes ameaças cibernéticas. Essas estratégias formam a base para um ambiente digital mais seguro e resiliente no complexo panorama cibernético que se desenha para 2024.
Nesse contexto em constante evolução, a escolha de provedores de serviços de segurança confiáveis e a implementação de práticas estratégicas emergem como tendências em crescimento. A computação em nuvem oferece não apenas flexibilidade operacional, mas também uma infraestrutura que pode ser adaptada para fortalecer a segurança digital. Ao integrar soluções de segurança, as organizações podem mitigar riscos, proteger dados sensíveis e garantir a continuidade operacional.
Se a sua empresa busca garantir reforçar sua cibersegurança para 2024, entre em contato conosco para explorar como nossas soluções personalizadas podem ser a chave para garantir a tranquilidade e proteção contra as ameaças digitais que se avizinham no próximo ano.
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