Você sabe como fazer um plano de Disaster Recovery? Um bom planejamento pode fazer diferença entre o sucesso ou fracasso da implementação desta solução.
É importante considerar com atenção essa questão, já que ficar com o sistema fora do ar pode custar muito caro para sua empresa. Na última terça-feira, 5 de outubro de 2021 , as empresas do Mark Zuckeberg, Whatsapp, Facebook e Instagram, ficaram fora do ar pouco mais de 6 horas, o que resultou em uma perda de aproximadamente 7 bilhões de reais. O que reforça a importância de um plano de contingência para seu negócio.
Pensando nisso, elaboramos este post para ajudá-lo a descobrir por que é importante criar um plano de Disaster Recovery e ainda conhecer 5 passos necessários para elaborar o planejamento eficiente. Boa leitura!
Por que é importante ter um plano de Disaster Recovery?
O Disaster Recovery, em português, “Recuperação de Desastres” é um conjunto de estratégias que uma empresa pode adotar com o objetivo de impedir a perda de dados em casos de ataques ao sistema, falha humana ou acidentes.
Além disso, a medida visa recuperar as informações o mais rápido possível para que o negócio volte a operar normalmente e tenha menos prejuízo.
Segundo as previsões da Forrest, consultora empresarial, estima-se que 20% das empresas vão migrar para soluções de Disaster Recovery até o final de 2021.
No entanto, a adoção dessa medida só vai trazer os resultados esperados e funcionar de modo eficaz, se existir um planejamento adequado.
Isso é preciso, porque a recuperação de desastres é baseada numa avaliação de riscos preventiva. Assim, com o plano de Disaster Recovery existe a possibilidade de identificar antecipadamente quais são as:
- – principais ameaças;
- – consequências do desastre;
- – melhores soluções.
Por isso, é importante aprender como planejar uma recuperação de desastres. Confira no próximo tópico!
Como montar um plano de Disaster Recovery?
Veja 5 passos essenciais para criar um plano de Disaster Recovery bem-sucedido.
Passo 1: Panorama do negócio
No primeiro momento, é essencial avaliar qual a situação da empresa e descobrir a sua real capacidade de recuperação após um desastre.
Para isso, uma boa sugestão é fazer a utilização de indicadores, como:
- – RTO (Recovery Time Objective): verifica o valor máximo de tempo que um sistema pode permanecer indisponível. Dessa forma, consegue-se estabelecer um prazo para as operações voltarem ao normal, acarretando menor prejuízo.
- – RPO (Recovery Point Objective): calcula a quantidade de dados que podem ser perdidos, sem causar danos significativos.
Após a análise dessas métricas, é importante assegurar que o plano de Disaster Recovery atual da empresa corresponde aos valores encontrados.
Caso contrário, o ideal é fazer alterações para que a recuperação de dados fique dentro das margens de segurança. Além disso, se o negócio não possuir nenhuma estratégia de backup, o RTO e RPO servem como base para o planejamento inicial.
Passo 2: Identifique as ameaças
No segundo passo, é hora de avaliar quais são as principais ameaças para o seu modelo de negócio que poderiam levar a perda ou comprometimento de dados. Por exemplo:
- – roubos;
- -queda de energia;
- – mau funcionamento de equipamentos;
- – falhas humanas;
- – crimes cibernéticos, etc;
Vale ressaltar o perigo dos ataques ransomwares, já que esse tipo de crime tornou-se frequente nos últimos anos, fazendo com que inúmeras empresas e governos sejam vítimas de cibercriminosos.
De acordo com a pesquisa da Statista, apenas no ano de 2020 foram registrados mais de 300 milhões de ataques e descobertas 127 novas famílias de ransomwares.
Sendo assim, o plano de Disaster Recovery deve incluir soluções para caso sua empresa, infelizmente, se tornar uma vítima de crimes cibernéticos, seja com o uso de vírus ou malwares.
Passo 3: Estratégias de backup
Outro fator relevante para a eficácia do seu plano de Disaster Recovery é definir quais serão as medidas de backup adotadas pela companhia.
Afinal, se você está montando um plano para restabelecer os seus dados em casos de imprevistos, então, é essencial decidir antecipadamente como vai funcionar a restauração.
Nesse sentido, pode ser útil considerar a implementação de um sistema de backup em nuvem. Isso pode trazer alguns benefícios, como:
- Maior segurança: mesmo que a infraestrutura de TI sofra danos, os dados não são perdidos, uma vez que estão salvos online;
- Escalabilidade: com a proteção garantida em nuvem, é mais fácil adaptar às necessidades do Disaster Recovery proporcionalmente ao crescimento do negócio;
- Rapidez: um dos objetivos da solução de recuperação de desastres é voltar a normalidade o quanto antes e os backups em nuvem propiciam essa agilidade;
- Redução de custos: não é preciso gastar altas quantias com a aquisição e manutenção de hardwares. Além disso, os custos são flexíveis, a sua empresa paga apenas pelo necessário.
Passo 4: Governança de TI
A governança de TI refere-se a um conjunto de medidas e diretrizes que visam garantir o alinhamento de práticas e o uso de recursos com os objetivos da organização.
Ao fazer o planejamento do Disaster Recovery, o ideal é estabelecer uma governança de TI na sua empresa. Desse modo, vai ser mais fácil gerenciar uma situação de crise, se houver um desastre, a governança auxilia para que todos saibam o que devem fazer em sequência.
Isso também contribuirá para a prevenção de problemas. Já que uma boa governança vai assegurar as boas práticas de TI e orientar os colaboradores sobre os possíveis riscos e como evitá-los.
Passo 5: Testes e Revisões
Por último, faça testes com o objetivo de certificar que o plano de Disaster Recovery está funcionando dentro das expectativas. Também é essencial determinar uma periodicidade para revisão do planejamento e verificar a necessidade de ajustes.
Afinal, o mercado tecnológico avança rapidamente e pode ser que novas tecnologias surjam e se tornem mais apropriadas ao implementar o Disaster Recovery.
Vale destacar também que ao longo do tempo podem surgir ameaças que não existiam na época em que o plano foi realizado. Assim, as revisões são uma oportunidade de incluir esses perigos.
Por fim, o plano de Disaster Recovery é essencial para assegurar a eficácia da solução. Para montar o planejamento, é preciso avaliar a situação geral da empresa, conhecer as ameaças, definir estratégias de backup, estabelecer uma governança de TI e fazer testes e revisões periodicamente.
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